Conhecimento / Descrição
De todos os imunoestimulantes não específicos originários de plantas, o mais compreensivamente estudado é a Echinacea. Existem nove espécies de Echinacea, mas destas, três – Echinacea angustofolia, Echinacea purpurea e Echinacea pallida – são geralmente as mais usadas. Estas três plantas são nativas dos Estados Unidos da América e são membros da família das Asteraceae.
Existem diferenças na actividade das três espécies de Echinacea que são normalmente usadas medicinalmente. Em 1988, Bauer, um pesquisador fitoterapêuta germânico publicou um documento interessante comparando a acção das três espécies diferentes extraído por métodos diferentes.
Usando o Teste de Libertação de Carbono, que dá uma boa indicação da actividade macrófagica, foi capaz de concluir que a Echinacea purpurea, extraída com álcool, produziu os melhores resultados na estimulação não específica da função macrófaga.
Química e Constituintes
As análises das espécies de Echinacea demonstram existir uma variedade de constituintes químicos com actividade farmacológica. De um ponto de vista Fito-farmacológico, os constituintes mais importantes da Echinacea são:
· Polisacarídeos.
· Flavonóides.
· Derivados do ácido cafeico.
· Óleos essenciais.
· Poliacetilenos.
· Alquilamidas
Acredita-se que os componentes individuais da echinacea trabalham senergéticamente: o ácido chicórico, um derivado do ácido cafeico encontrado nas raízes e nas partes aéreas da Echinacea purpurea, tem mostrado ser antiviral e aumenta os fagócitos, as alquilamides liposolúveis e porções de polisacarídeos contribuem para a acção anti-inflamatória da planta e realçam a actividade fagócitica. Um polisacarídeo, o echinacin inibe a actividade da hialuronidase ( uma enzima que aumenta a permeabilidade dos tecidos conectivos, permitindo assim os patogénios em áreas sensíveis); portanto esta inibição é indirectamente antiviral.
Mecanismo de Acção
A química, a farmacologia e aplicações químicas da Echinacea tem sido o tema de mais de 300 estudos científicos dando origem a uma vasta reserva de informações farmacológicas sobre a Echinacea.
O efeito que a Echinacea tem sobre o sistema imunitário está descrito abaixo entretanto, o mecanismo exacto de acção é incerto.
· Melhora o reconhecimento da célula – T de antigénios hostis
· Realça o processo de fagócitose
· Tem propriedades anti-inflamatórias
· Activa os fibroblastos
· Estimula a produção de tecidos novos e saudáveis
· Age como um antibiótico natural e agente anti-viral
A Echinacea não tem nenhuma propriedade directa anti-viral ou anti-bacteriana. O seu efeito benéfico no tratamento de infecções é devido as propriedades imuno-estimulantes. Pela estimulação dos fagócitos e promoção da actividade dos linfócitos, a Echinacea aumenta a destruição dos vírus indirectamente: ela ajuda o corpo a ajudar-se a si próprio fazendo-o capaz de identificar o “bom” do “mau”. (refere-se a secção sobre mecanismo de defesa não específico na página 12 e a analogia na página 6.)
Estas acções também podem ajudar a aumentar a resistência do corpo a infecções.
Aplicação Clínica e Medicinal
Numerosas experiências químicas tem observado a eficácia da Echinacea no tratamento de resfriados, flu e relacionado à infecções do tracto respiratório superior e tem confirmado a capacidade da Echinacea em estimular a actividade Imunitária. Os estudos tem demonstrado também o seu uso no bem sucedido tratamento de estados de inflamação da pele, tal como acne e infecções causadas pela Candida albicans.
Dose elevada – Infecção Dose baixa – Prevenção
Em situações agudas, uma dose elevada é usada para tratar a infecção: 15-20 gotas três vezes ao dia.
A aplicação mais frequente é também benéfica durante o primeiro dia de infecção: 15-20 gotas a cada uma a duas horas.
Uma dose reduzida pode ser usada para ajudar a manter a força do sistema imunitário: 15 gotas uma vez ao dia. Não há evidência que sugira que o uso a longo prazo da Echinacea nesta dose preventiva seja prejudicial ao sistema imunitário.
Quando deveria ser usada?
Infecções Virais Agudas: O resfriado comum / ITRSs, infecções do tórax, infecções influenza. (ver páginas 15, 16 e 17).
Infecções Bacterianas Agudas: Infecções do tracto respiratório. (ver páginas 17 e 18).
Infecções Virais Crónicas: Síndroma da Fadiga Pós Viral. (ver páginas 20 e 21). Aqueles que sofrem da síndroma da fadiga pós viral verificam que uma dose baixa e regular de echinacea pode ser efectiva em ajudá-los a recuperar a força do seu sistema imunitário.
Infecções Recidivantes: Candida, aftas, otite Quando o sistema imunitário está enfraquecido esta mais propenso a infecções virais e bacterianas. (ver páginas 22 e 23). A echinacea é consequentemente um tratamento suplementar benéfico ao lado de outras plantas como: Spilanthes como um anti-fúngico, Hypericum como um anti-viral e Plantago, para congestão e inflamação das membranas mucosas.
Quando não deveria ser usada?
A echinacea não deve ser usada por mulheres grávidas ou a amamentar, a menos que tenham orientação médica.
A echinacea não deve ser usada por aqueles que estão a tomar medicação imunosupressora devido aos efeitos antagónicos potenciais.
Condições Autoimunes
Frequentemente é dito que a Echinacea não deveria ser usada por aqueles que sofrem de condições autoimunes. Esta linha de pensamento supõe que qualquer tipo de estimulação do sistema imunitário é prejudicial. Você terá compreendido ao progredir através deste módulo que o sistema imunitário é complicado e muitos mecanismos estão a trabalhar juntos. A echinacea trabalha sobre os mecanismos de defesa não específicos e da nossa compreensão da doença autoimune (ver páginas 26 e 27), a melhoria destes mecanismos não seria prejudicial e pode ser benéfica.
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