A alimentação fornece a energia de que o nosso organismo necessita. Mas este processo dá origem também a resíduos ou toxinas.
Substâncias químicas resultantes dos pesticidas, metais pesados fazem parte das toxinas que o nosso organismo vai armazenando ao longo dos anos.
Elas podem ter origem nos alimentos que consumimos, álcool, poluição ambiental, etc. Mas quer estas toxinas tenham uma origem interna ou externa é necessário eliminá-las. O nosso organismo deveria eliminar 2 kg de “lixo” resíduos, diariamente através dos intestinos, urina e suor.
Vitaminas
Lembra-se dos conselhos que a sua mãe lhe dava todos os dias? Bebe o leite! Lava bem atrás das orelhas! E claro, toma as vitaminas!
Qual era o problema com as vitaminas? Muitas delas cheiravam bem e sabiam mal, e como quase todos dizíamos, elas nunca fizeram nada por nós. Certo?
Errado! Sem vitaminas, o processo metabólico do organismo ficaria descontrolado, afectando tudo desde o cérebro e as funções renais, aos níveis de energia e formação muscular. Apesar de necessitarmos de pequenas quantidades destes nutrientes para sermos saudáveis, não absorvemos as quantidades necessárias das fontes naturais e puras.
Para ajudar a determinar a quantidade de cada vitamina que precisamos, estão estabelecidas quantidades diária recomendadas. No entanto estas foram criticadas por grupos nutricionais e por especialistas de medicina desportiva porque apesar de serem um bom começo, não deverão ser tomadas como “verdades únicas” no que diz respeito aos níveis diários de vitaminas que deveremos ingerir.
Nutricionistas mais modernos acreditam que as necessidades vitaminicas variam dependentemente de cada individuo e do nível individual da actividade física.
Porque precisamos de vitaminas?
Muitas foram descritas nos últimos anos como terem capacidades como as dos antioxidantes de inibirem a produção de radicais livres. Porque a actividade física intensa aumenta a produção de radicais livres, razão pela qual os que estão envolvidos em actividades físicas intensas, tais como o treino físico profissional, necessitam de mais antioxidantes para combater os radicais livres. Um número de vitaminas, incluindo betacaroteno, vitamina C, e vitamina E, demonstraram muitas capacidades antioxidantes.
Os responsáveis pelo Fitness no que respeita à manutenção de estilos de vida saudáveis deverão ter consciência do verdadeiro papel das vitaminas. Muitos especialistas dizem que ter uma dieta saudável e bem equilibrada será um meio caminho para obter um nível óptimo de vitaminas no organismo. Infelizmente, pecamos no que respeita a dietas saudáveis. Além disso a Dr. Patricia Clarkson, do International Journal of Sport Nutrition, diz que durante alguns períodos de treino, tais como numa situação de redução de calorias “Os Atletas poderão eventualmente beneficiar de suplementos multivitaminicos, dado que as suas dietas poderão não lhes fornecer o que eles necessitam”.
Vitamina A (Carotenoides)
A Vitamina A contribui para o desenvolvimento das células, da pele, dos olhos e expressão do gene. É utilizada com eficácia em doses muito altas para tratar o acne e certos tipos de cegueira nocturna. No entanto, doses de mais de 50,000 IU por dia durante períodos prolongados podem causar problemas no fígado.
A Vitamina A pode também ser encontrada nos carotenóides, conhecida como pró-vitaminas dado que se convertem em vitamina A no processo digestivo. Existem centenas de carotenoides conhecidos. Destes, os mais familiares é o betacaroteno, que se encontra nos vegetais tais como as cenouras (“Conselhos da mãe novamente: Come as cenouras que fazem os olhos bonitos”). Os carotenoides não são tóxicos mesmo em doses altas (podemos agora ver a laranja) parece dar-nos a mesma protecção antioxidante como a vitamina A pura.
O Dr. Harold Furr cientista e investigador nutricional na Universidade de Connecticut, USA, acredita que existem vitaminas mais importantes, mas uma combinação de vitaminas antioxidantes pode ser o mais eficaz para combater os radicais livres. “Na minha opinião a vitamina E é a mais importante. A suplementação combinada de vitaminas E e C com os compostos da pro-vitamina A ajudam à eficácia dos antioxidantes”, diz o Dr. Furr.
Alimentos fontes de Vitamina A: fígado, ovos e alimentos fortificantes. Carotenoides: laranja, frutos e vegetais vermelhos, vegetais de folhas verdes.
Quantidades Recomendadas: 30-90 mg por dia de batacaroteno.
Vitamina C (Ácido Ascórbico)
A vitamina C tem um papel muito importante na ajuda das proteínas fibrosas conhecidas como colagénio na pele e músculos. Uma carência grande em vitamina C resulta em escorbuto uma doença nas veias.
Em combinação com outras vitaminas antioxidantes, a vitamina C é tremendamente prometedora no que se refere a protecção de doenças. Pesquisas recentes poderiam ser boas noticias para os que sofrem de asma. Doses de vitamina C, consumidas antes de exercício físico, parecem evitar o risco de ataques de asma.
É importante saber que o exercício faz o organismo eliminar vitamina C rapidamente – pela transpiração. Por isso necessita mais do que uma pessoa que não faça exercício, e ainda mais com exercício físico muito intensos ou na estação invernal.
A quantidade de vitamina C deverá ser em proporção com as outras vitaminas que toma, dado que grandes doses desta vitamina podem eliminar o efeito de outras que esteja a tomar.
Fontes alimentares: citrinos, bagas, melão, tomate, pimentos verdes e vermelhos, e vegetais de folhas verdes.
Dose diária recomendada: 2 g por dia
Vitamina D
Maior parte dos especialistas concordam que indivíduos saudáveis expostos a quantidades de normais de luz solar produzem vitamina D suficiente sem necessidade a suplementação. Primeiro no que se refere a fixação do cálcio e sua absorção e de acordo com pesquisas já feitas, esta vitamina pode diminuir o risco de artrites depois de uma problema articular. Para além disso, estudos recentes indicam que o aumento da exposição solar pode diminuir pode o risco de alguns cancros, levando os especialistas a ligar a vitamina D com a protecção ao cancro.
Por causa do grau de absorção dos raios solares consoante o tipo de pele, assim a vitamina produzida, a utilização de protectores solares pode inibir o processamento da vitamina D. Os que têm peles mais escuros podem necessitar de uma exposição solar dez vezes maior para reterem a vitamina D suficiente.
Fontes alimentares: peixe gordo tal como salmão, óleo de fígado de peixe, e pão e cereais fortificantes.
Doses recomendadas: Dado que não existe uma relação entre a necessidade de vitamina D e o exercício físico, os únicos dois factores são a cor da pele e o clima. Em climas frios e com muita nebulosidade ou com peles escuras, recomenda-se de 600 a 700 IU por dia; para os que tenham peles claras ou para os vivem em climas com bastante Sol: 400 a 500 IU por dia.
Vitamina E
A vitamina E parece ser a vitamina “Maravilhosa”. O seu papel como uma das mais potentes na luta contra o cancro, está publicada por todos os jornais e revistas. Cremes para a pele que contêm vitamina E ajudam à cicatrização. Tem um papel na prevenção de ataques cardíacos, diminuindo o desenvolvimento da doença de Alzheimer e diminuindo a pressão sanguínea.
A vitamina E é chamada de “protector máximo” defendendo os tecidos contra danos provocados pelas moléculas de radicais livres, e todas as afirmações parecem ser confirmadas por resmas de pesquisas (6) científicas recentes.
Novas descobertas científicas sugerem uma correlação entre a sensibilidade à insulina e Vitamina E (4). Explica Dr. KC Hayes, da Foster Biomedical Research Laboratory, "A vitamina E é armazenada na gordura. A insulina ajuda a vitamina E entrar na gordura, e trata-se de uma insulina eficiente, tal como a do atletas que ajuda a queimar a gordura mais rapidamente.
Embora a pesquisa ainda não esteja completa, os resultados preliminares de Hayes mostram que os atletas podem ter uma maior necessidade de doses mais elevadas de vitamina E nos estágios iniciais de formação, tanto como protecção antioxidante como porque a vitamina é utilizada rapidamente.
Uma vez que esteja bem no seu programa de treino, o seu corpo vai-se adaptando a um nível estável de absorção da vitamina E. Embora doses altas parecem não ter um efeito tóxico, consumir mais de duas gramas por dia pode interferir com a absorção de outras vitaminas lipossolúveis, levando a possíveis deficiências.
Fontes alimentares:
Sementes, nozes, grãos, espinafre, azeite, salmão e atum.
Doses Recomendadas:
Ao seguir um regime de treino rigoroso, deverá consumir entre 800 a 1.000 IU por dia. Durante o treino de manutenção tomar 200 a 400 IU por dia em forma de dl-alfa-tocoferol.
Vitamina K
Existe alguma controvérsia com esta vitamina, que ajuda na coagulação do sangue. Se tem hemorragias nasais frequentes, a vitamina K pode ajudar, mas deve consultar um médico por causa das hemorragias nasais que podem ser sintoma de outros problemas mais graves, especialmente se ocorrerem durante o exercício. Não há nenhum estudo que sugira que pessoas mais activas necessitem de mais vitamina K.
Fontes alimentares:
Chá verde, brócolos e espinafres.
Doses recomendadas:
100 a 150mcg por dia, que pode facilmente, ingerindo uma porção de vegetais de folha verde.
Vitamina B1 (Tiamina)
A tiamina desempenha um papel fundamental na produção de neurotransmissores, ajudando na função da célula nervosa. Algumas pesquisas sugerem que pode ajudar a aumentar a função mental em pessoas que sofrem de senilidade.
A deficiência de Vitamina B1 em indivíduos saudáveis é raras, mas pode levar a sérios problemas neurológicos ou cardíacos. Se está a tentar perder gordura, deve estar ciente de que pode estar em risco de deficiência de tiamina. Quando se restringe as calorias, pode não estar a receber tiamina suficiente - se tiver alterações de humor quando estiver em dieta, isso pode ser uma razão.
Fontes Alimentares:
Leveduras, sementes de girassol, nozes e espinafres.
Doses recomendadas:
500mg por dia. Uma vez que a vitamina A é solúvel na água, não há nenhuma toxicidade aparente: vai excretar o que você não precisa. (Aviso: o café pode destruir a tiamina).
Vitamina B2 (Riboflavina)
A riboflavina ajuda a reduzir a oxidação de várias vias metabólicas e contribui para a produção normal de energia. Desde que a vitamina B2 é encontrada em abundância em muitas carnes e produtos lácteos, os vegetarianos deveriam completar a sua alimentação com suplementos de vitamina B2 para prevenir deficiências, que podem resultar em dores de garganta, problemas de córnea ou fadiga.
Nada indica que a riboflavina oferece benefícios extras aos atletas, mas o gasto energético adicional pode expulsar a riboflavina em maiores quantidades. Assim sendo poderá duplicar as doses durante os períodos de treino intenso.
Fontes Alimentares:
produtos lácteos, cereais enriquecidos e grãos, fígado e brócolos.
Doses recomendadas:
10 a 20 mg por dia durante períodos de treino intenso; de outra forma, 1 a 2 mg por dia serão suficientes.
Vitamina B3 (Niacina)
A niacina contribui para uma saudável circulação sanguínea. Algumas evidências indicam que a niacina pode aliviar cãibras nas pernas, durante ou após o exercício, e pesquisas sugerem que a niacina aumenta o fluxo sanguíneo para o tecido muscular. Grandes doses de vitamina A têm demonstrado ser úteis na redução dos níveis de colesterol.
Fontes alimentares:
Productos lácteos, aves magras, linguado, salmão, atum, cereais enriquecidos e grãos e levedura de cerveja.
Doses recomendadas:
25 a 30mg de niacinamida por dia.
Vitamina B5 (Ácido pantoténico)
Esta vitamina do complexo B é encontrada em praticamente em todos os alimentos que comemos. Embora funcione como uma coenzima na produção de energia, a investigação ainda não determinou o seu papel preciso durante gastos energético. As deficiências são raras. Basicamente, todos nós precisamos de B5, sem diferença aparente consoante o nível de actividade.
As deficiências nesta vitamina podem ser caracterizadas por fadiga, depressão, problemas cardíacos, infecções, fraqueza muscular e cãibras. Nova pesquisa aponta a possível função da vitamina B5 na redução do colesterol, com possível efeito sobre a sensibilidade à insulina.
Fontes alimentares:
Alimentos de origem animal, cereais integrais, feijões e nozes.
Doses recomendadas:
4 a 7mg por dia são suficientes.
Vitamina B6 (Piridoxina)
A vitamina B6 está associada à absorção e degradação de aminoácidos. A vitamina desempenha um papel no metabolismo dos carbohidratos e em funções de neurotransmissor adequadas. O aumento da ingestão de proteínas parece aumentar os requisitos para a quantidade de vitamina B6.
Fontes alimentares:
bife de lombo, ovos, leite, germe de trigo e batatas.
Doses recomendadas:
0.10mg por grama de proteína. Por exemplo: se consumir 200 gramas de proteína, deverá tomar 20mg de vitamina B6 diárias.
Vitamina B12
Embora algumas pessoas afirmem que injecções de vitamina B12 dão-lhe um impulso da energia, o Dr. Victor Herbert, uma das maiores autoridades mundiais em vitamina B12, afirma que é "pura patetice "
Esta vitamina é necessária para o bom funcionamento da maioria dos órgãos, de modo que as deficiências em vitamina B12, podem causar grandes problemas. A vitamina B12 é encontrada em abundância em fontes de origem animal, por isso, se mantiver uma dieta saudável e equilibrada, são menores os riscos de uma deficiência nesta vitamina. Uma excepção: são os vegetariano há muitos anos, que podem estar em risco de uma deficiência e não estar cientes dos riscos que correm. Se você se enquadra nessa categoria, deverá começar a tomar um suplemento de vitamina B12.
Fontes alimentares:
Praticamente todos os produtos lácteos e carnes, aves e peixes, além de cereais enriquecidos e grãos.
Doses recomendadas:
Se for vegetariano: 500mcg por dia de cianocobalamina são necessárias.
Biotina (Vitamina H)
A biotina desempenha um papel na capacidade do organismo de produzir a energia necessária para o trabalho muscular intenso. A biotina também pode aumentar a sensibilidade à insulina. Investigações em curso nesta área serão de grande interesse para todos os frequentadores de ginásios para os quais a sensibilidade à insulina contribui para o desempenho máximo.
Fontes alimentares:
Uma ampla variedade de fontes vegetais e animais.
Doses recomendadas:
500mcg por dia.
Colina (Lecitina)
Também conhecida como lecitina, a colina é necessária para mobilizar a gordura, que vai queimar nos tecidos para criar energia. A colina ajuda a função dos neurotransmissores, e pesquisas recentes sugerem que a colina pode ajudar a prevenir a perda de memória.
O nosso organismo pode não produzir o suficiente desse nutriente. Se tiver uma dieta rica em proteínas, provavelmente está bem, embora o organismo dos atletas de competição possa exigir mais colina do que uma outra pessoa que não despenda tanta energia. As mulheres e os vegetarianos também podem não produzir o suficiente em colina.
Fontes alimentares:
Carne rica em proteínas e productos lácteos
Doses recomendadas:
Cerca de 580mg por dia.
Folato (ácido fólico)
Também conhecida como ácido fólico, este é mais uma vitamina do complexo B essencial para uma série de processos metabólicos. Uma deficiência nesta vitamina pode ter como consequência a anemia. Doses elevadas não irão aumentar o seu desempenho.
Fontes alimentares:
Legumes, feijão, nozes, sementes, produtos de trigo integrais, peixe e leite.
Doses recomendadas:
800 mcg por dia.
Conclusão:
Um bom equilíbrio de vitaminas, em complemento a uma dieta saudável, pode ser o caminho certo para o ajudar a maximizar os seus objectivos de desempenho e higiene de vida. As vitaminas ajudam a aumentar a eficiência do seu corpo, e resistência muscular, ao mesmo tempo que fortalecem o seu sistema imunitário.
Tabelas de índices glicémicos de alimentos
A tabela de índices glicémicos contém uma lista de vários alimentos classificados segundo o seu índice glicémico. O índice glicémico permite ordenar os alimentos com base nos níveis sanguíneos de glucose obtidos após a ingestão dos mesmos. Sendo padronizados em relação à ingestão de igual quantidade de carbohidratos fornecidos por um alimento padrão geralmente o pão branco ou glucose. Os índices abaixo apresentados estão padronizados para o pão branco ao qual é dado o valor de 100. Para transformar os valores da tabela em índice glicémico padronizado com glucose, basta multiplicar os valores por 0.7.
Deve ser notado que o índice glicémico não mede a concentração de carbohidratos nos alimentos mas sim a rapidez com que o açúcar fornecido entra na corrente sanguínea. Assim 100 g de cenouras contêm menos carbohidratos que 100 g de gelado, no entanto, uma grama de carbohidrato fornecido por uma cenoura entra mais depressa na corrente sanguínea do que uma grama de carbohidrato fornecido por um gelado (a gordura do gelado atrasa a absorção dos açúcares).
Pão, cereais e derivados
Alimento | Índice glicémico |
Pão branco | 100 |
Croissant | 96 |
Donut | 108 |
Bolacha tipo shortbread | 91 |
Bolacha baunilha | 110 |
Cereais integrais (All-bran) | 60 |
Muesli | 80 |
Special K | 77 |
Golden Grahams | 102 |
Arroz | 109 |
In http://www.fitpassion.com
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Iremos publicar excertos do livro de forma a ajudar os leitores a melhor compreender como fazer uma alimentação correcta.
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Química Herbal
A química de muitas plantas é subtil e complexa e todas as plantas são fábricas químicas muito poderosas.
Os principais grupos de constituintes químicos activos nas plantas são, Ácidos, Hidratos de Carbono, Fenois, Óleos Voláteis (por vezes chamados óleos essenciais), Saponinas, Glicósidos, Substâncias Amargas e Alcalóides.
Cada planta pode conter um número de constituintes. Por exemplo, a Echinacea contém Ácidos, Hidratos de Carbono e Óleos Voláteis como principais componentes activos. O Ginkgo, por sua vez, contém Glicósidos e Ácidos como principais princípios activos.
No conhecimento dos constituintes activos de uma planta, ou de outra medicação, é necessário enfatizar que qualquer “remédio” que entre no corpo através da boca, injectado nas veias ou introduzido por via rectal ou vaginal, influenciará o corpo através da sua química. Vamos olhar para alguns dos constituintes de plantas mais referidos.
Ácidos
Os ácidos constituem uma fracção importante de todo material da planta; embora pouca quantidade exista em forma livre – a maioria das plantas não tem sabor particularmente desagradável. A echinacea contém Ácido Chicórico. A laranja contém ácido cítrico e ácido ascórbico (Vitamina C).
Hidratos de Carbono
Estamos familiarizados com ao principais tipos de hidratos de carbono que fazem parte da nossa dieta diária. Os hidratos de carbono são compostos de unidades básicas chamadas açucares. Existem três grupos principais de açucares:
· Monosacáridos ( Glucose, Fructose, etc.)
· Dissacarídeos ( Sacarose, Lactose, etc.)
· Polisacáridos ( Amido, Glicogenio, Celulose, etc.)
Um trabalho recente sobre polissacarídos revelou um número de componentes que apresentam propriedades imuno estimulantes significativas. As plantas que tem mostrado possuir hidratos de carbono imuno estimulantes particularmente fortes são Echinacea purpurea (Purple Coneflower), Calendula officinalis (Marigold flowers), Matricaria recutita (Chamomile) e Sabal serrulata/ Serenoa repens (Saw palmetto).
Fenóis
O Fenol é uma entidade química de base sobre a qual diversos constituintes importantes da planta estão fundamentados. Em geral, os fenóis são bactericídas e anti-sépticos. O Óleo de Tomilho (Thymus vulgaris), contém fenóis e tem propriedades anti-sépticas. Um outro exemplo interessante é a Salicina, do salgueiro, que foi precursor do ácido salicílico, a base para o grupo de drogas da aspirina.
Dois subgrupos úteis de fenóis são os taninos e os flavonóides.
Taninos: compõem um largo grupo da classe do fenol e são encontrados extensamente em todo o mundo das plantas. Têm propriedades adstringentes e são particularmente úteis para o tratamento de feridas e queimaduras. Outros conhecidos como antraquinonas, são valiosas pela acção laxativa e estão presentes em plantas como a Cascara e o Ruibarbo.
Flavonóides: os Flavonóides são um grupo significativo de constituintes químicos que estão baseados nos fenóis. Têm várias propriedades com importância farmacológica entre as quais se inclui antiespasmódica, antinflamatória e acções diuréticas. Os flavonóides são fenóis largamente encontrados no mundo das plantas. Ginkgo, Centáurea, Espinheiro-alvar e Cardo mariano, todos contêm flavonóides.
Óleos Voláteis
Este é um dos mais complexos e talvez o mais fascinante dos constituintes herbais, fornecendo uma das mais potentes ajudas para tratamento. Frequentemente recorre-se a eles como óleos essenciais (como os usados na aromaterapia), e o nome volátil é aplicado porque se evaporam. Geralmente eles tem uma agradável fragrância, mas por vezes têm um odor desagradável!. Muitos óleos voláteis tem propriedades anti-sépticas e de aquecimento e como exemplos deste grupo incluem-se o Mentol, a Cânfora e o óleo de Lavanda.
Substâncias amargas
As substâncias amargas estimulam o sistema nervoso autónomo. Activam o gosto inicial na boca, os quais respondem ao gosto amargo, causando um reflexo de secreção hormonal no sangue, aumentando a produção dos sucos gástricos e pancreáticos, e a libertação da bílis. Esta acção é exemplificada pela Centáurea. O apetite é estimulado, aumentando a secreção das enzimas gástricas e pancreáticas para ajudar a digestão e a redução da concentração ácida do estômago. Sem o sabor amargo, a acção terapêutica é reduzida.
Outras plantas com substâncias amargas são a Valeriana, o Cardo-Santo, o Lúpulo, e ainda o Ginkgo. Muitas plantas tem um elemento amargo e esta é a qualidade frequentemente observada quando se tomam medicamentos pela primeira vez.
Alcalóides
Os alcalóides são geralmente encontrados em muitas plantas e tecidos. São inodoros e incolores e quimicamente identificáveis porque contém azoto. Agem de uma forma alcalina e por causa disso podem combinar com ácidos para formar sais. Todos os alcalóides tem um sabor amargo e a maioria é insolúvel na água e no álcool. A cafeína encontrada no café é um alcalóide.
Com os alcalóides a farmacologia herbal vem de encontro a medicina convencional. Isto porquê os alcalóides são os mais potentes constituintes da planta e os que tem sido mais investigados pela medicina moderna. Geralmente uma planta conterá um grupo de alcalóides próximos relacionados (por exemplo, os alcalóides da morfina, codeína e papaverina estão todos presentes no ópio). Embora muitos alcalóides possam ser tóxicos e devam ser usados cuidadosamente, nem todos se encaixam neste categoria. Nem todas as plantas que contém alcalóides são tóxicas. Plantas como a Passiflora e a Celidónia-maior contêm alcalóides que não são tóxicos.
Vitaminas e Minerais
Como os nutricionistas estão constantemente a lembrar, as frutas e os vegetais são uma fonte rica de vitaminas e minerais. Isto também se aplica às plantas em geral. A Avena sativa, por exemplo, é uma fonte rica em vitamina B. A Vitamina C também está difundida no reino vegetal tendo o Limão e a Paprika particularmente altos níveis. Oligoelementos e minerais estão presentes na maioria das plantas.
Mucilagens
São constituintes das plantas extremamente comuns, mas têm sido quase que universalmente ignorados pela ciência médica moderna. Não obstante têm diversas funções básicas importantes para a acção de muitas prescrições herbais.
A mucilagem é um composto químico de açucares como os polisacarídos, que são parcialmente solúveis em água, e incham para formar um gel mucilaginoso. A linhaça é um bom exemplo de uma erva com mucilagem. Todas as mucilagens aliviam a mucosa interna inflamada, particularmente no tracto respiratório superior e órgãos digestivos e podem ajudar a promover o peristaltismo (um ritmo regular da actividade intestinal), promovendo uma acção laxativa suave.
Echinacea
Conhecimento / Descrição
De todos os imunoestimulantes não específicos originários de plantas, o mais compreensivamente estudado é a Echinacea. Existem nove espécies de Echinacea, mas destas, três – Echinacea angustofolia, Echinacea purpurea e Echinacea pallida – são geralmente as mais usadas. Estas três plantas são nativas dos Estados Unidos da América e são membros da família das Asteraceae.
Existem diferenças na actividade das três espécies de Echinacea que são normalmente usadas medicinalmente. Em 1988, Bauer, um pesquisador fitoterapêuta germânico publicou um documento interessante comparando a acção das três espécies diferentes extraído por métodos diferentes.
Usando o Teste de Libertação de Carbono, que dá uma boa indicação da actividade macrófagica, foi capaz de concluir que a Echinacea purpurea, extraída com álcool, produziu os melhores resultados na estimulação não específica da função macrófaga.
Química e Constituintes
As análises das espécies de Echinacea demonstram existir uma variedade de constituintes químicos com actividade farmacológica. De um ponto de vista Fito-farmacológico, os constituintes mais importantes da Echinacea são:
· Polisacarídeos.
· Flavonóides.
· Derivados do ácido cafeico.
· Óleos essenciais.
· Poliacetilenos.
· Alquilamidas
Acredita-se que os componentes individuais da echinacea trabalham senergéticamente: o ácido chicórico, um derivado do ácido cafeico encontrado nas raízes e nas partes aéreas da Echinacea purpurea, tem mostrado ser antiviral e aumenta os fagócitos, as alquilamides liposolúveis e porções de polisacarídeos contribuem para a acção anti-inflamatória da planta e realçam a actividade fagócitica. Um polisacarídeo, o echinacin inibe a actividade da hialuronidase ( uma enzima que aumenta a permeabilidade dos tecidos conectivos, permitindo assim os patogénios em áreas sensíveis); portanto esta inibição é indirectamente antiviral.
Mecanismo de Acção
A química, a farmacologia e aplicações químicas da Echinacea tem sido o tema de mais de 300 estudos científicos dando origem a uma vasta reserva de informações farmacológicas sobre a Echinacea.
O efeito que a Echinacea tem sobre o sistema imunitário está descrito abaixo entretanto, o mecanismo exacto de acção é incerto.
· Melhora o reconhecimento da célula – T de antigénios hostis
· Realça o processo de fagócitose
· Tem propriedades anti-inflamatórias
· Activa os fibroblastos
· Estimula a produção de tecidos novos e saudáveis
· Age como um antibiótico natural e agente anti-viral
A Echinacea não tem nenhuma propriedade directa anti-viral ou anti-bacteriana. O seu efeito benéfico no tratamento de infecções é devido as propriedades imuno-estimulantes. Pela estimulação dos fagócitos e promoção da actividade dos linfócitos, a Echinacea aumenta a destruição dos vírus indirectamente: ela ajuda o corpo a ajudar-se a si próprio fazendo-o capaz de identificar o “bom” do “mau”. (refere-se a secção sobre mecanismo de defesa não específico na página 12 e a analogia na página 6.)
Estas acções também podem ajudar a aumentar a resistência do corpo a infecções.
Aplicação Clínica e Medicinal
Numerosas experiências químicas tem observado a eficácia da Echinacea no tratamento de resfriados, flu e relacionado à infecções do tracto respiratório superior e tem confirmado a capacidade da Echinacea em estimular a actividade Imunitária. Os estudos tem demonstrado também o seu uso no bem sucedido tratamento de estados de inflamação da pele, tal como acne e infecções causadas pela Candida albicans.
Dose elevada – Infecção Dose baixa – Prevenção
Em situações agudas, uma dose elevada é usada para tratar a infecção: 15-20 gotas três vezes ao dia.
A aplicação mais frequente é também benéfica durante o primeiro dia de infecção: 15-20 gotas a cada uma a duas horas.
Uma dose reduzida pode ser usada para ajudar a manter a força do sistema imunitário: 15 gotas uma vez ao dia. Não há evidência que sugira que o uso a longo prazo da Echinacea nesta dose preventiva seja prejudicial ao sistema imunitário.
Quando deveria ser usada?
Infecções Virais Agudas: O resfriado comum / ITRSs, infecções do tórax, infecções influenza. (ver páginas 15, 16 e 17).
Infecções Bacterianas Agudas: Infecções do tracto respiratório. (ver páginas 17 e 18).
Infecções Virais Crónicas: Síndroma da Fadiga Pós Viral. (ver páginas 20 e 21). Aqueles que sofrem da síndroma da fadiga pós viral verificam que uma dose baixa e regular de echinacea pode ser efectiva em ajudá-los a recuperar a força do seu sistema imunitário.
Infecções Recidivantes: Candida, aftas, otite Quando o sistema imunitário está enfraquecido esta mais propenso a infecções virais e bacterianas. (ver páginas 22 e 23). A echinacea é consequentemente um tratamento suplementar benéfico ao lado de outras plantas como: Spilanthes como um anti-fúngico, Hypericum como um anti-viral e Plantago, para congestão e inflamação das membranas mucosas.
Quando não deveria ser usada?
A echinacea não deve ser usada por mulheres grávidas ou a amamentar, a menos que tenham orientação médica.
A echinacea não deve ser usada por aqueles que estão a tomar medicação imunosupressora devido aos efeitos antagónicos potenciais.
Condições Autoimunes
Frequentemente é dito que a Echinacea não deveria ser usada por aqueles que sofrem de condições autoimunes. Esta linha de pensamento supõe que qualquer tipo de estimulação do sistema imunitário é prejudicial. Você terá compreendido ao progredir através deste módulo que o sistema imunitário é complicado e muitos mecanismos estão a trabalhar juntos. A echinacea trabalha sobre os mecanismos de defesa não específicos e da nossa compreensão da doença autoimune (ver páginas 26 e 27), a melhoria destes mecanismos não seria prejudicial e pode ser benéfica.
Fontes de stress oxidativo
Factores exógenos: Ambiente poluído; Campo electromagnético; Tabaco; Radiação; Sol; Stress Social;
Traumatismo físico; Tratamentos médicos.
Factores endógenos: Abusos alimentares; Desordens de metabolismo; Deficiências do sistema de desintoxicação; Diminuição da produção de antioxidantes.
Consulte o livro do Dr. Serge Jurasunas para saber mais. www.sergejurasunas.com
Traumatismo físico; Tratamentos médicos.
Factores endógenos: Abusos alimentares; Desordens de metabolismo; Deficiências do sistema de desintoxicação; Diminuição da produção de antioxidantes.
Consulte o livro do Dr. Serge Jurasunas para saber mais. www.sergejurasunas.com
Os Mecanismos antioxidantes de defesa
Os antioxidantes contidos nos alimentos são extremamente importantes para manter o organismo saudável e impedir os radicais livres de danificar os constituintes celulares, mas são igualmente necessários para activarem as várias funções vitais ou para restruturar os mecanismos danificados. No entanto o organismo humano é, à priori, geneticamente constituído para nos proteger contra os ataques e perturbações causadas pelos radicais livres graças ao poder de certas enzimas sintetizadas pelas células e tecidos.
É a este sistema que chamamos a nossa "primeira linha de defesa" contra o stress oxidativo.
Uma característica importante dos antioxidantes endógenos é a sua proteção eficaz contra os danos causados pelos óxido-radiciais.
Consulte o livro do Dr. Serge Jurasunas para saber mais. www.sergejurasunas.com
É a este sistema que chamamos a nossa "primeira linha de defesa" contra o stress oxidativo.
Uma característica importante dos antioxidantes endógenos é a sua proteção eficaz contra os danos causados pelos óxido-radiciais.
Consulte o livro do Dr. Serge Jurasunas para saber mais. www.sergejurasunas.com
A alimentação pode mudar a sua vida
A alimentação pode ser um meio de mudar a sua vida. Ela pode ser também um dos riscos que ameaçam a sua saúde ou um caminho para adquirir um vida mais simples e mais natural. Comer demais, é um dos graves erros da nossa sociedade de consumo. Tudo o que introduzimos no organismo, é aproveitado vai acumular-se em camadas sucessivas de peso. Excesso de peso hoje é doença.
É inestético! É incomodativo para si e para os que o rodeiam. Para começar a mudar retire, substitua e introduza alguns alimentos no seu regime diário.
Elimine: o pão branco, o açúcar branco, as bebidas alcoólicas, a charcutaria, os guisados, os fritos, as gorduras.
Evite: abusar da carne, abusar do peixe, abusar dos farináceos especialmente refinados e industrializados, abusar dos medicamentos.
Introduza na sua alimentação: soja, verduras e legumes, cereais integrais, ervas aromáticas para temperos, mel, levedura de cerveja, óleos de peixe, etc.
Arroz mais informação
Integral - Consiste em grãos intactos, preservando a sua película e o gérmen, onde se encontra a maior parte dos nutrientes. Rico em magnésio, ferro, cálcio, vitamina PP e fibras. Bom para o desenvolvimento intelectual, beneficia particularmente os pulmões e o intestino grosso.
Selvagem - Utiliza-se em pequenas quantidades devido à sua grande riqueza. É pobre em gorduras e rico em proteínas, lisina (um aminoácido) e fibras. É também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas (tiamina, riboflavina niacina). Diurético, beneficia rins e bexiga.
Selvagem - Utiliza-se em pequenas quantidades devido à sua grande riqueza. É pobre em gorduras e rico em proteínas, lisina (um aminoácido) e fibras. É também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas (tiamina, riboflavina niacina). Diurético, beneficia rins e bexiga.
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